HOSTAGE
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de Florent Emilio Siri, 2005 [EUA/Alemanha]
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Ficou conhecido como "aquele filme que copiou o Sin City", tudo por causa de uma bizarra opção de marketing que, para o material promocional, resolveu colar a figura de Bruce Willis à estética de Frank Miller e assim acabou por queimar um projecto que tinha pernas próprias para andar. «Hostage» assume-se como um regresso ao cinema de acção "herói-salva-o-dia" tal como praticado por McTiernan e Cameron há vinte anos (sendo «Die Hard» o modelo mais óbvio), filtrando as origens B para o público jovem actual. A nova perspectiva implica também uma maior brutalidade psicológica e uma versão condensada e sôfrega do desenrolar dos acontecimentos, com reviravoltas constantes e muitas proezas visuais. O que não é forçosamente mau. Como máquina recicladora de adrenalina máscula, bem oleada e certeira no intento, «Hostage» cumpre com duas horas de emoções fortes e um Bruce Willis tão cool como só ele parece conseguir ser.
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[Texto editado a partir do original publicado na revista DIF, número 39, Maio de 2006.]
(A edição nacional da Prisvídeo chega-nos com um comentário áudio, entrevistas e cenas cortadas, material de sobra para dar uma segunda oportunidade a um filme que, na verdade, ninguém foi ver no grande ecrã.)