* * INTERVALO * *

A Zona Negra vai de férias. E não o faz devido à recente avalanche de propostas trash nacionais, seja através do nascimento diário de blogues desinteressantes dedicados ao género, seja pela exibição de um número sem conta de ciclos exploitation em tudo o que é espaço nocturno da cidade (e consequente entupimento de caixas de email com agendas em forma de newsletters onde surge invariavelmente o nome de Jess Franco ou Russ Meyer), retirando assim o prazer da descoberta a quem necessita deste tipo de cinema secreto para sobreviver emocionalmente. Também não o faz por achar que esta banalização de uma coisa realmente séria seja de forma alguma contrária ao espírito low-profile de um cinema que sabe que pouco mais tem para oferecer que não a lealdade dos seus seguidores. Nem o faz por estar confusa e não conseguir perceber onde tem andado escondida toda esta gente nos últimos trinta anos, sempre que o cinema de género se sentiu triste e abandonado. Nada disso. A Zona Negra vai apenas apanhar sol. E como tal, regressa no final da semana que vem. Ate lá.