KILLING SPREE
de Tim Ritter, 1987 [EUA]
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Cavando fundo no underground do gore straight-to-video, a carreira de Tim Ritter tem merecido algum destaque desde que, em 1986, «Truth or Dare» se viu elogiado por publicações como a Fangoria. «Killing Spree» foi a fita que se seguiu e faz pontaria ao mesmo público-alvo, gente que sabe ao que vai e pouco se importa com subtilezas narrativas. A história de um marido traído (o actor Asbestos Felt, furacão viking pica-miolos) que desata a matar todos os amantes da mulher tem estrutura aparentada ao cinema pornográfico, com pequenas introduções a justificar blocos de violência gráfica (e muito sexo vestido), e não quer ser mesmo mais do que isso. Lá para o fim lembra o óptimo «Maniac», de William Lustig, mas as semelhanças ficam-se por aí, já que este amontoado de sanguinolências pouco se preocupa com expressividade dramática. É gratuito e é muito cómico, e quem gosta do excesso de Herschell Gordon Lewis e John Waters vai chamar-lhe um figo. Os outros, por amor de Deus, nem pensem em começar a ver.
(Edição região 1 esmeradíssima da Sub Rosa, com comentários áudio e um making of de hora e meia - ! -. Aqui está ela.)