A CHINESE TORTURE CHAMBER STORY

de Bosco Lam Hing-lung, 1994 [Hong Kong]
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Eis um dos títulos infames da "categoria III" do cinema de Hong Kong, produzido nos anos 90. A expressão não é um comentário sobre a qualidade dos filmes, mas uma classificação etária que equivale ao nosso M/18. Em Hong Kong, no entanto, o rótulo tende (ou tendia) a associar-se a um tipo de cinema extremo, repleto de sexo e violência, sem contemplações morais.
«A Chinese Torture Chamber Story» (ou «Moon Ching Sap Daai Huk Ying», na romanização do cantonês) é célebre sobretudo por uma aparatosa sequência de sexo aéreo, a qual já ouvi ser descrita como "sexo estilo «O Tigre e o Dragão»".
Para além da proeza técnica de pendurar dois actores nus a simular um acto sexual numa floresta, por entre copas de árvores, o filme de Lam inclui alguma violência gráfica desagradável (ou não estivesse "tortura" no título), sangue (e outros fluidos) a jorrar em cascata e até um combate tolo — com sexo à mistura, para variar — com um homem invisível.
É difícil saber se os cineastas fizeram bem a pesquisa, mas quem se divertir com este objecto peculiar provavelmente não estará muito preocupado em saber se pedir a uma jovem que se rebole sem roupa sobre uma cama de pregos era um procedimento judicial regular na China antiga.

(O DVD ainda não foi remasterizado, por isso não se espere grande qualidade. 4:3 letterbox é o que se arranja. Um "defeito" é a ausência de tradução do texto em chinês que surge no ecrã a introduzir o filme. Mas não há-de ser por isso que deixamos de perceber a história. Pode ser adquirido em qualquer loja que venda DVDs de Hong Kong, como a DDDHouse por dois ou três euros.)
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