FINAL DESTINATION 3
de James Wong, 2006 [EUA]
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A série «Final Destination» tem sido, desde que lançada em 2000, aquela que mais se tem aproximado do modelo slasher feito comédia de horrores como o conhecemos através de «Nightmare on Elm Street» e «Friday the 13th», na década de 80. Com a diferença – já se sabe – de que não há aqui um vilão monstruoso, sendo a Morte como presença quase física que aparece para fazer das suas. Chegados à terceira instalação, que novidades há a assinalar? Previsivelmente... nenhumas. A história segue passo a passo o esquema narrativo do filme original, limitando a acção aos sucessivos quadros de terríveis ameaças para as pobres das personagens. A surpresa – ah, esperem lá, mas então não estavam a falar mal do filme? -, é que a fórmula continua a resultar, isto enquanto houver tamanha aplicação e malícia para dar cabo de mais um grupo de adolescentes entorpecidos. Porque a violência over-the-top das situações – qual incansável Coyote perseguindo o Roadrunner apenas para ser desfeito em pedacinhos, uma e outra vez, e ainda mais uma – dá pano para mangas. Cinema no-brainer para estimular endorfinas, vê-se num ápice e não dá ressaca.
[Texto editado a partir do original publicado na revista DIF, número 47, Dezembro de 2006.]
(Chega ao mercado nacional em edição especial de disco duplo pela Prisvídeo. São várias horas de entrevistas, peças documentais e comentários áudio. Muito curiosa é a versão "interactiva", que aproveita cenas alternativas e sequências abandonadas para criar a ideia de estarmos nós, espectadores, a decidir o destino de algumas das personagens. Adequadíssimo.)