terça-feira, abril 04, 2006

SEX & FURY


de Suzuki Norifumi, 1973 [Japão]
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O sexploitation japonês tem estado em força no mercado R1 nos últimos meses, com lançamentos pela Panik House e Discotek Media. É sob a chancela da primeira, que se editaram dois títulos de 1973, protagonizados por Ike Reiko, encarnando Inoshika Ocho, uma mulher que procura os assassinos do pai, convenientemente identificados por tatuagens nas costas.
Quem conhecer o superior «Lady Snowblood» (do mesmo ano, mas precedendo este par de filmes) não pode deixar de notar semelhanças. OK, exploitation com vingadoras existem às dúzias, mas nem todos têm matanças com espadas à neve. Seria injusto comparar os filmes lado a lado, dado que o intuito por detrás de cada produção é diverso: aqui estamos no campo da chamada pinky violence, onde o rosa surge por associação ao cinema erótico. De facto, se «Lady Snowblood» é um filme “puro” de vingança, este «Sex & Fury» usa o mote ao serviço do exploitation, com cenas de sexo frequentes e até um pouco de tortura light, com ajuda da sueca Christina Lindberg, mais conhecida por «Thriller», do ano seguinte, trazendo um toque de erotismo exótico a esta produção japonesa.
De antologia, a sequência em que Ocho luta contra uma dúzia de oponentes, a partir do banho até à rua. O facto de estar completamente nua não parece ser uma vantagem para os inimigos, que vão caindo (nem sempre inteiros), as seus pés, na neve. (Título original: «Furyo Anego Den: Inoshika Ocho».)


(A Panik House alega uma filosofia de edições “de fãs para fãs” e o resultado comprova-o. Boa transferência vídeo, sem remixes, dobragens ou outras redundâncias. Pessoalmente, dispensava o design transparente da caixa, e trocava-o, de bom grado, por uma capa normal. Os extras incluem um comentário áudio de Chris D., biofilmografias, trailer, galerias de imagens e notas de produção. Pode ser adquirido em qualquer loja que venda edições americanas, como a Amazon)
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