SLIME CITY
de Greg Lamberson, 1988 [EUA]
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Partilhando semelhanças estéticas (e membros de equipa) com «Basket Case», «Brain Damage» e «Street Trash», aqui está mais um exemplo dos excessos cometidos pela suculência gore dos 80's. Antes de mais, «Slime City» é isso mesmo: uma festa cheia de líquidos amarelos, verdes, azuis, historiazinha simples e bem contada (um rapaz muda-se para um apartamento decadente e os seus novos vizinhos vão fazer tudo para o transformar num louco sanguinário) que serve as viscosidades do título e um final surpreendente de comédia negra passada pela trituradora splatter. O mais curioso aqui, tal como nos títulos já citados, é a forma como uma nova geração nova-iorquina, saída da escola de cinema mas com formação artística nas midnight venues de Manhattan, quis devolver o realismo de rua ao terror B, ao mesmo tempo que se esticavam os limites do que se podia ver no grande ecrã em termos de repugnância fun. Finda a década, não mais se fizeram coisas destas.
(Da Shock-O-Rama, região 0, chega-nos a edição definitiva de «Slime City»: tem um comentário áudio, curto making-of, um livreto com a história do filme segundo o próprio autor e ainda trailers para este e vários outros filmes da editora. Mas o trunfo esconde-se na forma de uma longa-metragem extra, também de Greg Lamberson. Trata-se de «Naked Fear», de 1999, que, mesmo estando vários furos abaixo de «Slime City», se revela um curioso thriller no-budget. Como prenda, não estamos mal. Ver aqui.)