RED EYE
de Kim Dong-bin [Coreia do Sul, 2005]
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O cenário confinado de um comboio, durante uma viagem nocturna, poderia ser particularmente adequado para um filme de horror, mas Kim Dong-bin, realizador do remake coreano de «Ring», não consegue tirar daí grandes proveitos. O texto fraco e as personagens mal delineadas impedem-nos de entender a lógica dos acontecimentos, a motivação de uns e como é que outros chegam a conclusões sobre o “mistério” final.
Na base narrativa, a última viagem de um comboio num percurso onde ocorreu um grave acidente há alguns anos. As duas linhas temporais cruzam-se, mas nada de interessante sucede para além de morphings. As coincidências de tantas pessoas no presente com relações com os que viajavam no dia do acidente são uma plena conveniência do guião que não se consegue disfarçar.
Pouco depois do visionamento, mal nos lembramos quem eram os espíritos, as suas razões e a lógica do sobrenatural — algo sobre o que não é possível discorrer sem descrever o final.
O filme foi classificado para maiores de 12 por isso não esperem gore ou nudez gratuita que tempere a insipidez do texto. (O título original reproduz a fonética do inglês.)
(A edição sul-coreana, Região 3, contém os habituais dois discos, com extras não legendados. Pode ser adquirida, por exemplo, aqui ou aqui)
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