TUNO NEGRO
de Pedro L. Barbero e Vicente J. Martín, 2001 [Espanha]
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Um daqueles casos de culto pré-fabricado. A produção é da espanhola Lola Films, citam-se colegas de prestígio (Santiago Segura surge em dose dupla com referências a «El Dia de La Bestia» e «Torrente: El Brazo Tonto de La Ley») e pega-se num modelo de sucesso (o slasher irónico de «Scream»). O esforço é evidente (e os 400 milhões de pesetas que a capa insiste terem servido de orçamento bem que o indicam), mas, para além de uma cena de sexo bastante efervescente, nada neste «Tuno Negro» («Serenata da Morte», em português) se diferencia do terror teenager norte-americano, trazendo por arrasto as suas virtudes e defeitos: o argumento é pateta e o final descabido, a banda sonora insiste no anonimato do college rock e o humor desunha-se por salvar a empreitada, sem grande sucesso. Valha-nos que, nesta história de um serial killer mascarado (surpresa!) à solta numa universidade de Salamanca, as vítimas pertencem a uma tuna académica, daquelas bem tradicionalistas e cantarolantes.
(O DVD pertence à colecção «Fantasporto - Filmes de Culto» que o JN tem servido como brinde. Não se espere grande qualidade, mas a capa medonha parecia antever coisa ainda pior. Por esta altura, ainda muitas bancas de jornais do país a devem ter à venda por 6.90 euros.)