sexta-feira, novembro 11, 2005

CRIMSON


de Jean Fortuny, 1973 [França/Espanha]
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Paul Naschy (há quem lhe chame o Christopher Lee espanhol...) é Jack Surnett, um respeitado criminoso, que, ao ser alvejado na cabeça, chega em coma a casa de um médico alcóolico que se propõe salvá-lo através de um transplante cerebral (!). Entretanto, dois seguidores de Surnett percorrem a zona do acidente em busca de alguém que possa "doar" o cérebro, acabando por se decidir por um mega-vilão, conhecido como "The Sadist" (!), que acaba decepado numa linha de comboio (!). É complicado escolher adjectivos para classificar um filme com um argumento destes, pelo que é preferível dizer que se trata de um cocktail de filme de gangsters, melodrama histérico, erotismo gratuito à espanhola (o revelador título original é «Las Ratas No Duermen de Noche»), horror clínico e visuais carregados de cores saturadas. Nem sempre resulta (na verdade, chega a ser por vezes entediante), mas lança uma teia de envolvência freak que faz lamentar já não se fazerem filmes destes. E Naschy pode não ser Christopher Lee, mas é de certeza o mestre espanhol na arte de cambalear. Vejam os minutos finais e digam lá se não é verdade.

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(A mais recente pérola da Euroshock Collection - edição região 1 da Image - tem cerca de dez minutos de sequências alternativas sem roupa, onde um duplo de Naschy faz as vezes com algumas senhoras. Há ainda um trailer e um início alternativo. Áudio em francês com legendas em inglês. Comprei barato no eBay, mas também há aqui.)