THREE... EXTREMES

de Miike Takashi, Fruit Chan Kwoh e Park Chan-uk, 2004 [Japão/Hong Kong/Coreia do Sul]
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Depois de uma primeira experiência com um filme por segmentos, cada um dirigido por um realizador de um território asiático diferente, com «Three» (2002), o ano passado voltou-se à carga, agora com o Japão a participar em vez da Tailândia.
Os segmentos são diversos, mas todos funcionam muito bem. Uma curiosidade é Miike, tantas vezes conotado com o cinema "extremo", ter aproveitado o formato para um filme poético e surreal («Box»), com base em pesadelos ou memórias da infância de uma escritora.
Fruit Chan assina a contribuição de Hong Kong («Dumplings»), com uma excelente fotografia de Christopher Doyle e a interpretação premiada de Bai Ling. Uma actriz procura a receita para a fonte da juventude. O que será o recheio dos "dumplings"? Para estômagos fortes.
Park pega em mais uma história de vingança — uma adenda, se assim se pode dizer, à trilogia que culminou recentemente com «Sympathy for Lady Vengeance». Um realizador de cinema é aprisionado por um indivíduo que o acusa de ser demasiado bonzinho. A história de «Cut» contém um apurado humor negro, números de dança e violência gráfica, culminando num final ambíguo.
Um filme por segmentos "à antiga", num conjunto onde não há "mas" a arruinar a qualidade média, nem a parecer que foram feitos para encher. Se tiver a oportunidade não deixe de ver no grande ecrã. (Tit. chinês: «San Geng». Tit. coreano: «Sseuri Monseuteo», i.e., "Three Monster").
«Dumplings» está também disponível em formato longa-metragem.


(Disponível em edições de Hong Kong, Coreia do Sul, França, etc. O DVD de HK inclui breves making ofs para cada um dos filmes e as outras edições não parecem trazer nada de novo. Algumas cópias revelam problemas de leitura no segundo disco, que se traduzem em ocasionais “engasganços”. Estava previsto para estrear em Portugal durante o mês de Novembro, pela Ecofilmes.)
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